terça-feira, 29 de março de 2011

"Os Maias"

A obra -prima de Eça de Queirós, publicada em 1888, e uma das mais importantes de toda a literatura narrativa portuguesa. É um romance realista (e naturalista) onde não faltam o fatalismo, a análise social, as peripécias e a catástrofe próprias do enredo passional.
A obra ocupa-se da história de uma família (Maia) ao longo de três gerações, centrando-se depois na última geração e dando relevo aos amores incestuosos de Carlos da Maia e Maria Eduarda. Mas a história é também um pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente do país a nível político e cultural e á alta burguesia lisboeta oitocentista, por onde perpassa um humor (ora fino, ora satírico) que configura a derrota e o desengano de todas as personagens.

domingo, 27 de março de 2011

Eça de Queiroz

 -1845: Em 25 de Novembro, nasce na Póvoa do Varzim José Maria Eça de Queirós.
 - 1855: Entra como aluno interno no Colégio da Lapa, no Porto.
 - 1861: Matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
 - 1864: Conhece Teófilo Braga.
- 1865: Representa no Teatro Académico e conhece Antero de Quental.
- 1866: Forma-se em Direito. Instala-se em Lisboa, em casa do pai. Parte para Évora, onde funda e dirige o jornal Distrito de Évora.
- 1867: Sai o primeiro número do jornal. Estreia-se no foro. Regressa a Lisboa.
 -1869: Assiste à inauguração do Canal de Suez.
 - 1870: É nomeado Administrador do Distrito de Leiria. Com Ramalho Ortigão, escreve O Mistério da Estrada de Sintra. Presta provas para cônsul de 1ª classe, ficando em primeiro lugar.
 - 1871: Conferências do Casino Lisbonense.
- 1872: Cônsul em Havana.
- 1873: Visita os Estados Unidos em missão do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
 - 1874: É transferido para Newcastle.
 - 1876: O Crime do Padre Amaro.
 - 1878: O Primo Basílio. Escreve A Capital.
 - 1878: Ocupa o consulado de Bristol.
 - 1879: Escreve, em França, O Conde de Abranhos.
 -1880: O Mandarim.
 - 1883: É eleito sócio correspondente da Academia Real das Ciências
 - 1885: Visita em Paris Émile Zola.
 - 1886: Casa com Emília de Castro Pamplona.
 - 1887: A Relíquia.
 - 1888: Cônsul em Paris. Os Maias.
- 1889: Assiste ao primeiro jantar dos "Vencidos da Vida".
 - 1900: A Correspondência de Fradique Mendes. A Ilustre Casa de Ramires.Em 16 de Agosto morre em Paris.

"Geração de 70" e a "Questão Coimbrã"

 A Geração de 70, ou Geração de Coimbra, foi um movimento académico de Coimbra do século XIX que revolucionou várias dimensões da cultura portuguesa, da política à literatura onde a renovação se manifestou com a introdução do realismo.
 Este movimento foi constituído por Antero de Quental, Eça de Queiroz, Oliveira Martins, entre outros jovens intelectuais, que trocavam ideias, livros e formas para renovar a vida política e cultural portuguesa que estava a viver uma grande revolução com os novos meios de transportes ferroviários, que traziam novidades do centro da Europa, influenciando esta geração para as novas ideologias. Este foi o inicio da Geração de 70.
 Em Coimbra, este Grupo gerou uma polémica em torno do confronto literário com os românticos do "Bom senso e do Bom gosto". Mais tarde, já em Lisboa, os agora licenciados reuniam-se no Casino Lisbonense, para discutir os temas de cada reunião, que acabara por ser proibida pelo governo.

terça-feira, 22 de março de 2011

REALISMO

O Realismo preocupa-se com a verdade dos factos, a realidade concreta, a explicação lógica dos comportamentos. Procura ver a realidade de forma objectiva e surge como reacção ao idealismo e ao subjectivismo emocional românticos. Como movimento da arte e da literatura, procura representar o mundo exterior de uma forma fidedigna, sem interferência de reflexões intelectuais nem preconceitos, e voltada para a análise das condições políticas, económicas e sociais.

ROMANTISMO

O Romantismo foi um movimento cultural que surgiu inicialmente na Grã-Bretanha e na Alemanha, como reacção ao culto da razão do Iluminismo, um pouco mais tarde em França, nos países do sul e na Escandinávia espalhando-se depois por toda a Europa e Estados Unidos da América. É um estado da sensibilidade europeia entre finais do séc. XVIII e princípios do séc. XIX. O seu nome deriva de "romance" (história de aventuras medievais), que tiveram uma grande divulgação no final de setecentos, respondendo ao crescente interesse pelo passado gótico e à nostalgia da Idade Média.

  • Arquitectura
  • Artes plásticas e decoração
  • Literatura
  • Música

Almeida Garrett

A cronologia da vida de Almeida Garrett :

   1799 - Almeida Garrett nasce no Porto
1809 – Parte para a ilha Terceira por causa das invasões francesas. Aí recebe de um tio, bispo de Angra do Heroísmo, uma educação religiosa e clássica.
1816 – Matricula-se no curso de Direito em Coimbra. Adere às ideias liberais e começa a escrever algumas peças de teatro.
1820 – Escreve a tragédia Catão, representada em Lisboa no ano seguinte.
1821 – Já formado, casa com Luísa Midosi e publica o Retrato de Vénus, que lhe valeu um processo judicial e um julgamento de que foi absolvido.
1823 – Com a Vila-Francada, exila-se em Inglaterra, onde contacta com a literatura romântica (Byron e Walter Scott).
1824 – Parte para o Havre, em França, como correspondente.
1825 – Publica em Paris Camões.
1826 – Publica ainda em Paris D. Branca.Regressa a Portugal após a outorga da Carta Constitucional, dedicando-se ao jornalismo político.
1828 – Exila-se de novo em Inglaterra devido à aclamação de D. Miguel.
1830 – Inicia a compilação do Romanceiro.
1832 – Integra-se no exército liberal de D. Pedro IV, desembarca no Mindelo e participa no cerco do Porto, escrevendo aí a primeira pare do Arco de Santana.
1834 – Após a guerra civil, Almeida Garrett é nomeado cônsul geral em Bruxelas. Estuda a língua e a literatura alemãs (Herder, Schiller e Goethe).
1836 – Regressa a Portugal e separa-se de Luísa Midosi, que em Bruxelas o teria traído. Passos Manuel encarrega-o de reorganizar o teatro nacional, nomeando-o inspector dos teatros.
1837 – Perde o cargo de inspector dos teatros por demissão de Passos Manuel. Apaixona-se por Adelaide Deville, que morrerá em 1841 e de quem terá uma filha, Maria Adelaide.
1838 – Publica Um Auto de Gil Vicente.
1841 – Publica O Alfageme de Santarém.
1842 – Costa Cabral instaura um governo de ditadura, contra o qual Garrett luta na oposição parlamentar.
1843 – Escreve o drama Frei Luís de Sousa que será publicado no ano seguinte. Começa também a escrever o romance Viagens na Minha Terra, que publica em folhetins na Revista Universal Lisbonense.
1845 – Publica o romance Arco de Santana e a colectânea de poemas Flores sem Fruto. Inicia-se a paixão por Rosa Montufar, a Viscondessa da Luz.
1846 – É publicado em dois volumes o romance Viagens na Minha Terra.
1850 – É representado no Teatro Nacional o drama Frei Luís de Sousa.
1851 – É nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros e recebe o título de Visconde e Par do reino. Conclui a compilação do Romanceiro.
1853 – Publica Folhas Caídas, colectânea poética que causou escândalo na época.
1854 – Almeida Garrett morre a 9 de Dezembro em Lisboa